Se eu não manifestasse meus sentimentos por perdermos Bolaños, certamente
este não seria eu.
Pois bem, eu sou um cara de poucos ídolos, e não me interpretem mal por isso, pois considero que fãs, são obviamente fanáticos e justamente por isso não tenho muitos ídolos, mas preciso dizer que Roberto Gómez Bolaños é meu ídolo. É pouco dizer que ele fez parte da minha vida desde sempre, é como se fosse da família, pois sempre esteve dentro da minha casa. Antes mesmo de eu sequer saber da existência de bonecos, pelúcias entre outros brinquedos do menino Chaves eu já o desenhava, recortava e colava para ter mais de sua essência de menino, carisma e bom coração por mais tempo perto de mim. Preciso confessar também, que em todos os momentos tristes que já passei era com a astúcia deste e outros tantos personagens que eu contava para aliviar o peso de uma dor e sempre funcionou para me fazer sorrir outra vez, eu recomendo é um ótimo remédio.
Desde sempre me foi uma grande referência como artista competente, como ator, diretor, escritor, pintor, poeta, compositor e záz e záz e záz, mas é através de seu principal personagem, da qual lhe deu fama mundial, que busco inspiração para compor principalmente personagens dedicados às crianças, posso afirmar que todos meus personagens infantis possuem ou possuíram um pouquinho do menino do 8 na sua alma e no seu coração, talvez esta seja uma boa explicação para eu não conseguir me adequar à personagens já moldados (com procedências questionáveis) e por que não dizer famosos em que já tive o prazer de interpretar, afinal acho fundamental qualquer artista acreditar naquilo que representa.
Ora, uma obra humorística perpetuar-se por mais de quarenta anos, sendo destes, vinte e quatro anos de gravação e envolvimento junto de seu não menos importante elenco, resistindo às novas tecnologias, aos novos movimentos culturais de expressões das artes do humor não é qualquer obra, mesmo já tendo recebido críticas acredito que é uma obra a ser respeitada, principalmente pela sua atemporalidade.
Do menino simples, que só tinha um par de sapatos e que não tinha comida servida à mesa todos os dias que fique sua ingenuidade, humildade e amor. Do herói, que fique sua humanidade.
E do artista, que tinha como inspiração o também grandioso Charles Chaplin, o pequenino de estatura que foi comparado até a Shakespeare que fique sua genialidade, seu legado e sua incansável batalha pelo sorriso.
GRACIAS CHAViTO
Charle Oliveira